Alabama
Shakes – “Sound And Colour”
– quando esse grupo surgiu, quatro anos antes, arrebatou crítica e
público com seu Rock-Soul-Índie cheio de balanço, além de uma
cantora original. Nesse segundo trabalho, eles foram além. O que foi produzido é algo original, relativamente difícil,
mas bastante intenso. Britany e sua troupe, psicodelizaram tudo,
dando climas estranhíssimos para algumas canções e ainda
produziram um single palatável de grande beleza e sucesso, I
Don’t Wanna Fight.
Blackberry
Smoke – “Holding All The Roses”- nesse ano, esse grupo foi a grande sensação do Southern
Rock
e fizeram uma grande turnê com o Lynard
Skynard.
Ótimo vocal, guitarras afiadas, com pegada de hard rock e lindas
sessões acústicas além de um pouco de country e blues. Difícil
dizer o que é melhor nesse disco, é tudo muito bom. Minhas
prediletas são Let
Me Help You Find The Door
e Fire
In The Hole.
Muitíssimo legal.
Chris
Cornell – “Higher
Truth”
– além de ter participado do Soundgarden e do Audioslave o cara
agora explodiu em uma carreira individual muy digna. Esse é
simplesmente o melhor álbum solo dele. As canções são uma
porrada, emocionantes, e Nearly
Forgot My Broken Heart
é sensacional.
Colin
Hay – “Next Year People”
– o veterano escocês continua compondo como poucos. O Men
at Work,
grupo radicado na Austrália, que ele ajudou a fundar nos anos 80,
ainda é lembrado até hoje por grandes canções. No seu álbum
desse ano o cara não decepciona. Além Da leveza do instrumental há
músicas fantásticas como Scattered
in The Sand
e a incrível Lived
in Vain.
Dweezil
Zappa – “Via Zammata”
– opa, esse é um azarão. Coloquei nessa lista porque sendo
zappamaníaco eu ouso dizer que esse é o trabalho que eu esperava
ouvir há muito tempo. É a coisa mais madura que um descendente do
Frank podia fazer. Dweezil tá cantando, compondo e arranjando como
nunca, as canções são espertas, irônicas e esquisitas como as do
paizão. Foi uma grande alegria ouvi-lo nesse
álbum.
Faith
No More – “Sol Invictus”
– não dá pra dizer que é o melhor disco deles, mas também não
é o pior. Ele não decepciona porque a banda sempre foi meio
indefinível e aqui eles mantém a pegada na faixa título ou em
canções como Sunny
Side Up,
por exemplo. Apesar de um pouco enferrujados ao vivo eles têm
importância por soarem sempre diferentes. É um bom álbum.
James
Taylor – “Before This World”
– Esse veterano do country-folk-rock
fez um de seus álbuns mais bonitos de tempos recentes. Com instrumentação,
arranjos e vocais precisos e irretocáveis,
o disco nos emociona mais e mais a cada faixa. Adoro Today,
today, today
e a comovente Angels
of Fenway.
Esse é um play memorável e deve ser saboreado vagarosamente. Também
chegou aos primeiros lugares das paradas merecidamente. Discaço.

Joe
Bonamassa – “Muddy Wolf At Red Rocks”
– Há muito tempo que Joe Bonamassa já um dos grandes guitarristas
de Blues/Rock
em atividade, mas sua raiz mesmo
é
o Blues,
que ele toca de forma soberba e virtuosa, eletrificado ou acústico.
Esse é apenas mais um trabalho ótimo, misturando canções de dois
dos nomes mais importantes do Rithm’n
Blues
de todos os tempos. O álbum chegou aos primeiros lugares da
Bilboard. Deve ser porque além de ele cantar tri bem e com muito
feeling,
quando mete a mão na guitarra ... uh, é um furacão, e
transforma
o
astral
em
algo absolutamente
sensacional.
Karina
Buhr –“Selvática”
– esse foi
um dos melhores discos
de rock nacional desse ano. Essa menina lá do nordeste é realmente
criativa, ousada, e defende um ponto de vista feminino bem
atualizado. O instrumental tem pegada e ela, grande performance.
Lana
Del Rey – “Honeymoon”
– Muita gente reclama, torce o nariz, acha chata. Tudo besteira, eu
acho. Ela é um dos maiores e mais importantes nomes do Rock/Pop da
atualidade. Sua forma de colocar a voz, com aquele efeito todo, é
ousada. Suas canções são densas, profundas e inquestionavelmente
fáceis de memorizar. Basta ouvir o primeiro single High
By The Beach
ou a faixa título para se convencer. Ela é dramática, mas canta e
compõe bem. Esse é um dos imperdíveis desse ano.
Marcus
Miller – “Afodeezia”
– É covardia colocar
um jazzrock por aqui, mas eu gosto particularmente do MM porque além
de tocar contabaixo bagarai, compõe e arranja muito bem, canta legal
e diversifica bastante o som de faixa a faixa. Miles Davis ficaria
orgulhoso. Muito agradável de se ouvir de cabo a rabo. Serve tanto
pra pensar, quanto curtir momentos de virtuosismo ou simplesmente de
fundo musical. Usei a canção Highlife
como cortina para o programa várias vezes.
Mark
Knopfler – “Tracker”
– esse é outro veterano e cancheiro. Continua compondo com
categoria, canções que, ao mesmo tempo são pop, mas carregam o
melhor da tradição do rock e do blues. Beryl,
Broken
Bones
e Skydivers
são monolitos que exemplificam muito bem isso.
My
Morning Jacket – “The Waterfall”
– esse
grupo, bastante original, apresenta canções
épicas
com climas e mais climas bem diversos, tudo em uma só canção.
Acontece assim com a faixa Believe
que tem romantismo, clássico e progressivo, com algum peso, tudo em
uma só peça. Comece ouvindo essa que as outras vão fazendo mais
sentido. Bem interessante.
Paul
Weller – “Saturns Pattern”
– Dispensa apresentações, mas para quem não conhece o cara era a
alma de duas bandas incríveis, o The
Jam
e o Style
Council.
Esse disco tem tudo o que tinha nesses dois grupos, agressividade
punk, atitude, muito soul, elegância e inteligência. A faixa título
é o melhor exemplo disso. Esse é um veterano que nunca decepciona.
Super bom.
Ringo
Starr – “Pictures From Paradise”
– nada supera a experiência e, esse disco é uma delícia para
beatlemaníacos. Isso define esse que é um dos melhores álbuns de
Ringo. A faixa título é hipnótica e
composta somente com títulos de canções dos Beatles..
As músicas
são diretas, roquenrol
sem
enrolação. Rory
and The Hurricanes,
Bridges
e Let
Love Lead
são belíssimas. Quem diria, hein? O patinho feio, killing…
Steve
Hackett – “Wolflight”
– os trabalhos do ex-guitarristas do Genesis são sempre tocantes.
Aqui não é diferente. A profundidade da abordagem de Steve a temas
comuns consegue
ainda nos surpreender, mesmo usando os velhos recursos do Prog.
E
qualidade é
coisa rara na música hoje em dia. Esse é um álbum belíssimo
executado por um artista de alto gabarito em plena forma.
Steven
Wilson – “Hand Cannot Erase”
– o novo mago do rock progressivo dá adeus ao Porcupine Tree e se
atira em uma carreira solo criativa, enquanto também produz outros
artistas em estúdio. Todos os grupos tradicionais de prog, mas
também de outros estilos, agora
correm atrás do toque de midas do cara para remasterizar obras
antigas. O Yes, o Gentle Giant, o
Jethro Tull, o XTC, entre outros
já fizeram isso. Acho que é legal conhecê-lo
porque se trata de uma mistura de várias matizes do progressivo.
Wilson só trabalha com grandes estrelas e as usa como seus músicos.
Bacanérrimo.
The
Aristocrats – “Tres Caballeros”
– Guthrie Govan, um dos guitarristas mais incríveis que já ouvi é
um show à parte como sempre. Ele e seus amigos aqui estão no auge
da forma e do virtuosismo e aliam tudo isso a bastante criatividade.
As músicas são surpreendentes, inusitadas e muito bem executadas.
Jazz? Rock? Country? Blues? De tudo um pouco, com sensibilidade e
categoria.
The
London Souls – “Here Comes the Girls”
– Esse humilde grupo de jovens de NY, com inspiração sessentista
e britânica fazem um som ducacete.
Se tu gostas de Beatles, Stones e Kinks ... vai gostar desses caras,
muito afinados, dançantes e barulhentos, tudo ao mesmo tempo. Uma
banda pra lembrar o
astral das antigas,
mas com algo bem original. Fui ouvir sem conhecer e tive uma grande
surpresa. Tenhas tu também.
The
Tangent – “A Spark in The Aether”
– Olha o prog aí de novo. É um álbum empolgante do início ao
fim. Como as faixas são longas, os instrumentistas têm que ser
criativos e segurar a atenção do ouvinte. A banda vai além disso,
emulando astrais surreais e estranhos. Os vocais são bem afinados e
as sucessões de climas estão bem de acordo com os admiradores do
gênero (como eu), enfim, sem enrolar mais, foi amor à
primeira ouvida.
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