sábado, 10 de abril de 2021

Especial – 35 Bons Álbuns de 2016

Alicia Keys – “Here” Os talentos dessa musicista estão acima de qualquer suspeita e esse álbum não se diferencia dos anteriores. É bom igual. Com sempre, ela se destaca pela ousadia em tentar explorar terrenos que não são os seus, e o faz com grande qualidade artística. Holy War é uma canção em 6/8 capaz de arrebatar os corações mais gelados.

Ana Popovic – “Trilogy” Uma maratona em três estilos: Jazz, Soul e Blues. Exalando destreza como cantora e guitarrista, nascida na Sérvia, Ana é um dos grandes talentos de sua geração de cantautoras/instrumentistas. Super recomendado.

Anderson & Stolt – “The Invention Of Knowledge” – Esses dois cavalheiros são ilustres trabalhadores do progressivo e, mesmo depois de sua enorme contribuição reconhecida, se unem para formar uma obra de beleza ímpar. Relaxe, abra sua mente e se maravilhe.

Bent Van Looy – “Pyjama Days” – Esse Belga surpreendeu por fazer um bom Power Pop, como nem sempre costumamos ouvir. Destaque pra faixa My Escape.

Birth Control – “Here And Now” – Essa veterana banda alemã Rock Progressivo continua fazendo um som como pouco se vê hoje em dia. E ainda incorrem ao fusion para apimentar a receita.

Blackberry Smoke – “Like An Arrow” – A maior revelação do Southern Rock da década não faz feio em seu novo álbum. Excelentes vocais, grandes guitarras, arranjos despojados e muita sensibilidade classificam a BS como um dos melhores grupos do mundo.

Bonnie Raitt – “Dig In Deep” – Essa senhora não faz menos que arrasar em mais esse álbum. Grande rainha do Country Rock, não deixa a menor dúvida sobre quem ainda manda no pedaço.

Cirrus Bay – “Places Unseen” – A voz de Anisha Gillham é de uma pureza indescritível e o efeito ainda é melhor pelos belos arranjos acústicos e os instrumentistas competentes.

David Bowie – “Black Star” – O clima sombrio espelha a alma de Bowie próxima à sua morte. Mais uma vez o artista se transforma em sua própria vida. Anti-pop consciente e arriscado, BS encerrou com dignidade essa epopeia que foi David Jones.

Charles Bradley – “Changes” – Esse veterano Soulman brilha com toda força nesse álbum cheio de sentimentos e emoções intensas. A versão de Changes deixa o Ozzy no chinelo.

David Crosby – “Lighthouse” – LAÇO total do início ao fim, clássico absoluto dessa temporada e os velhinhos do rock seguem dando show de competência. Talvez uma das melhores coisas solo que esse artista produziu. Cantando como nunca, com arranjos simplérrimos ele ainda impressiona por suas interpretações precisas.

Doyle Bramhal II – “Rich Man” – Esse músico de qualidade e talento incomparáveis não tem pressa em sua carreira solo e devemos estar atentos. Delicie-se lentamente, ouça várias vezes esse roquenrol brilhante que vai do agressivo suingado ao épico, às vezes em uma só canção. Destaque para a solene My People.

Defalla – “Monstro” – Mais um final altamente honroso pra essa banda gaúcha que já foi de tudo na vida. Não menos competentes que sempre, eles dão (mais) uma demonstração definitiva de perenidade. Esperamos por um New Mix que dê mais brilho às pérolas que a banda jorrou aqui.

DeWolff – “Roux-Ga-Roux” – Um clima de cabaret ou butiquim aí pelos anos ... muita conversa, elocubrações sobre o destino e outras maldições e muita psicodelia fazem parte do misterioso e instigante novo álbum desse trio pra lá de excêntrico de holandeses.

Dinosaur Jr – “A Glimpse Of What Yer Not” – Remanescentes do Grunge, esses senhores da costa leste são legítimos representantes do Rock Alternativo. Nesse álbum, fieis às suas raízes, eles ainda produzem pérolas como Be A Part.

Drive-By Truckers – “American Band” – Dá pra imaginar uma banda mais honesta de Country Rock do que essa? Atualmente não. Alternativos, Dylanescos e descontraídos, ao mesmo tempo, eles cativam o ouvinte com suas histórias tragicômicas e uma boa pegada de rock.

Esperanza Spalding – “Emily's D+Evolution” – Pra quem nunca ouviu essa contrabaixista, cantora e arranjadora de Portland, a moça é supertalentosa e produz um mix fascinante de Rock, Soul e Pop com uma base jazzística. Esse é um disco brilhante, tanto quanto os outros de sua carreira.

Flying Circus – “Starlight Clearling” – Esses alemães integram a boa ala de bandas progressivas do país, e dão um tratamento Heavy à sua estética. O vocalista lembra um pouco o Geddy Lee, mas não deixe se abater por isso e ouça o álbum inteiro por sua elevada qualidade musical.

Hartmann – “Shadows And Silhouettes” – Uau, aqui outro alemão com ampla experiência, multi-instrumentista e arranjador, detonando em um álbum de Pop Rock Blues pra norte-americano nenhum botar defeito.

Iggy Pop – “Post Pop Depression” – Sem dúvida, um dos grandes clássicos dessa década. Com uma banda que coassina o álbum, Iggy poucas vezes esteve tão bem em sua carreira solo. Utilizando como força motriz o Queens Of Stone Age e o Arctic Monkeys, e lembrando muito Bowie, esse senhor detona Roquenrol como poucos por aí. Laço! Destaque para as ótimas Break Into Your Heart e Gardenia.

Jake Bugg – “On My One” – Uma das grandes promessas do Rock não decepciona nesse terceiro álbum solo feito quase que totalmente por ele mesmo. Ignore as críticas e aprecie mais esse clássico produzido por esse talentoso e único rapaz britânico.

Joe Bonamassa – “Blues Of Desperation” – Falar das qualidades de Joe Bonamassa como cantor e compositor, mas, principalmente como guitarrista, é chover no molhado. Aqui, ele está particularmente inspirado.

Kansas – “The Prelude Implicit” – Esses veteranos não decepcionam em sua volta. Pra quem gosta de um progressivo com uma pitada de Pop, o Kansas sempre foi e sempre será um dos melhores. Eles mostram toda sua competência em faixas como a de abertura With This Heart.

Layla Zoe – “Breaking Free” – Essa canadense de cabelo cor de fogo e voz rasgada manda muito bem nesse novo álbum. Com uma superbanda por trás, ela imortaliza canções originais e covers como Wild Horses, dos Stones.

Leonard Cohen – “You Want It Darker” – Nesse último álbum, esse poeta, compositor e cantor canadense deixa a vida com muita dignidade e difícil de ser alcançado. Nada se compara a seu estilo sussurado-poético-confessional e profundo no Rock dos dias de hoje.

Neil Young & Promise of The Real – “Earth” – O veterano Young se juntou a esses garotos californianos pra produzir essa obra prima que é Earth, um dos álbums mais marcantes desse ano. Não só pelas temáticas bem atuais e engajadas politicamente, mas também pela perfeita integração das canções antigas do cantor com o material original, tudo tocado com a garra que o bom e velho Rock’n Roll exige.

Nick Cave & The Bad Seeds – “Skeleton Tree” – A dor da perda de um filho pode fazer um cantor já um tanto triste chegar aos limites do desespero. Com fiapos de arranjos eletrônicos, Nick destila sua amargura publicamente como poucos ousam fazer.

Red Hot Chili Peppers – “The Getaway” – Finalmente o novo álbum dos queridinhos da América chegou e veio com tudo. Não resta dúvida sobre quem é maior banda do Planeta. Em absoluta perfeição e equilíbrio estilístico, eles fincam o pé no Funk Rock, apostando no pop e na diversificação. Sensacional.

Rival Sons – “Hollow Bones” – O quinto álbum desses californianos é o mais arrasa quarteirão possível. Chegaram pra marcar presença no panteão do novo Rock. Trilhando o caminho do Hard Psicodélico, com muita garra, eles mostram canções inspiradas. Baby Boy é um daqueles Hinos do Rock.

Steve Vai – “Modern Primitive” – Discaço! Àqueles que não curtem guitarristas do tipo virtuose, esse não é um simples caso. Steve extrapola os limites de instrumentista, arranjando como nunca, seguindo sempre os passos de seu mestre Frank Zappa, produzindo um dos discos mais marcantes do ano. É mais que Rock’n Roll, é música das altas esferas.

The Chris Robinson Brotherhood – “Anyway You Love We Know How You Feel” e “If You Lived Here You Would Home Now” – Pós Black Crowes, Chris já havia dado vazão a seu projeto, a Irmandade. Finalmente ele parece ter encontrado seu caminho, lançando não um, mais dois excelentes álbuns, onde deixa a psicodelia de lado e faz algo mais enxuto e objetivo.

The Claypool Lennon Delirium – “Monolith of Phobos” – Duas mentes roqueiras nada ortodoxas articularam essa pequena obra-prima, de audição impregnada de imprevisibilidade, seguindo a trilha de Syd Barret. Estranho e empolgante até o talo.

The Temperance Movement – “White Bear” – Phil Campbell, o vocalista escocês canta pra caramba nesse segundo e maravilhoso álbum da banda Britânica. O grupo aparece como uma dos melhores do Rock atual. Canções como a faixa título e Oh Lorraine são clássicos indiscutíveis.

Wolfmother – “Victorious” – As mães de lobo dão porrada na zoreia do início ao fim. Esqueça que no vocal parece o Ozzy e aprecie esse criativo grupo australiano que traz força e vida ao Hard Rock.

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