Alicia
Keys – “Here” –
Os talentos dessa musicista estão acima de qualquer suspeita e esse
álbum não se diferencia dos anteriores. É bom igual. Com
sempre,
ela se destaca pela ousadia em tentar explorar terrenos que não são
os seus, e o faz com grande qualidade artística. Holy
War
é uma canção em 6/8 capaz de arrebatar os corações mais gelados.
Ana
Popovic – “Trilogy” – Uma maratona em três
estilos: Jazz, Soul e Blues. Exalando destreza como cantora e
guitarrista, nascida na Sérvia, Ana é um dos grandes talentos de
sua geração de cantautoras/instrumentistas. Super recomendado.
Anderson
& Stolt – “The Invention Of Knowledge” – Esses dois
cavalheiros são ilustres trabalhadores do progressivo e, mesmo
depois de sua enorme contribuição reconhecida, se unem para formar
uma obra de beleza ímpar. Relaxe, abra sua mente e se maravilhe.
Bent
Van Looy – “Pyjama Days” – Esse Belga surpreendeu por
fazer um bom Power Pop, como nem sempre costumamos ouvir. Destaque
pra faixa My Escape.
Birth
Control – “Here And Now” – Essa
veterana banda alemã Rock Progressivo continua fazendo um som como
pouco se vê hoje em dia. E ainda incorrem ao
fusion
para apimentar a receita.
Blackberry
Smoke – “Like An Arrow” – A maior revelação do Southern
Rock da década não faz feio em seu novo álbum. Excelentes
vocais, grandes guitarras, arranjos despojados e muita sensibilidade
classificam a BS como um dos melhores grupos do mundo.
Bonnie
Raitt – “Dig In Deep” – Essa senhora não faz menos que
arrasar em mais esse álbum. Grande rainha do Country Rock, não
deixa a menor dúvida sobre quem ainda manda no pedaço.
Cirrus
Bay – “Places Unseen” – A voz de Anisha Gillham é
de uma pureza indescritível e o efeito ainda é melhor pelos belos
arranjos acústicos e os instrumentistas competentes.
David
Bowie – “Black Star” – O clima sombrio espelha a alma de
Bowie próxima à sua morte. Mais uma vez o artista se transforma em
sua própria vida. Anti-pop consciente e arriscado, BS encerrou com
dignidade essa epopeia que foi David Jones.
Charles
Bradley – “Changes” – Esse veterano Soulman brilha com
toda força nesse álbum cheio de sentimentos e emoções intensas. A
versão de Changes deixa o Ozzy no chinelo.
David
Crosby – “Lighthouse” – LAÇO total do início ao fim,
clássico absoluto dessa temporada e os velhinhos do rock seguem
dando show de competência. Talvez uma das melhores coisas solo que
esse artista produziu. Cantando como nunca, com arranjos simplérrimos
ele ainda impressiona por suas interpretações precisas.
Doyle
Bramhal II – “Rich Man” – Esse músico de qualidade e
talento incomparáveis não tem pressa em sua carreira solo e devemos
estar atentos. Delicie-se lentamente, ouça várias vezes esse
roquenrol brilhante que vai do agressivo suingado ao épico, às
vezes em uma só canção. Destaque para a solene My People.
Defalla
– “Monstro” – Mais um final altamente honroso pra essa
banda gaúcha que já foi de tudo na vida. Não menos competentes que
sempre, eles dão (mais) uma demonstração definitiva de perenidade.
Esperamos por um New Mix que dê mais brilho às pérolas que
a banda jorrou aqui.
DeWolff
– “Roux-Ga-Roux” – Um clima de cabaret ou butiquim aí
pelos anos ... muita conversa, elocubrações sobre o destino e
outras maldições e muita psicodelia fazem parte do misterioso e
instigante novo álbum desse trio pra lá de excêntrico de
holandeses.
Dinosaur
Jr – “A Glimpse Of What Yer Not” – Remanescentes do
Grunge, esses senhores da costa leste são legítimos representantes
do Rock Alternativo. Nesse álbum, fieis às suas raízes, eles ainda
produzem pérolas como Be A Part.
Drive-By
Truckers – “American Band” – Dá pra imaginar uma banda
mais honesta de Country Rock do que essa? Atualmente não.
Alternativos, Dylanescos e descontraídos, ao mesmo tempo, eles
cativam o ouvinte com suas histórias tragicômicas e uma boa pegada
de rock.
Esperanza
Spalding – “Emily's D+Evolution” – Pra quem nunca ouviu
essa contrabaixista, cantora e arranjadora de Portland, a moça é
supertalentosa e produz um mix fascinante de Rock, Soul e Pop com uma
base jazzística. Esse é um disco brilhante, tanto quanto os outros
de sua carreira.
Flying
Circus – “Starlight Clearling” – Esses alemães integram
a boa ala de bandas progressivas do país, e dão um tratamento Heavy
à sua estética. O vocalista lembra um pouco o Geddy Lee, mas não
deixe se abater por isso e ouça o álbum inteiro por sua elevada
qualidade musical.
Hartmann
– “Shadows And Silhouettes” – Uau, aqui outro alemão
com ampla experiência, multi-instrumentista e arranjador, detonando
em um álbum de Pop Rock Blues pra norte-americano nenhum botar
defeito.
Iggy
Pop – “Post Pop Depression” – Sem dúvida, um dos
grandes clássicos dessa década. Com uma banda que coassina o álbum,
Iggy poucas vezes esteve tão bem em sua carreira solo. Utilizando
como força motriz o Queens Of Stone Age e o Arctic
Monkeys, e lembrando muito Bowie, esse senhor detona Roquenrol
como poucos por aí. Laço! Destaque para as ótimas Break Into
Your Heart e Gardenia.
Jake
Bugg – “On My One” –
Uma das grandes promessas do Rock não decepciona nesse terceiro
álbum solo feito quase que totalmente por ele mesmo. Ignore as
críticas e aprecie mais esse clássico produzido por esse talentoso
e único rapaz
britânico.
Joe
Bonamassa – “Blues Of Desperation” –
Falar das qualidades de Joe Bonamassa como cantor e compositor, mas,
principalmente como guitarrista, é chover no molhado.
Aqui, ele está particularmente inspirado.
Kansas
– “The Prelude Implicit” – Esses veteranos não
decepcionam em sua volta. Pra quem gosta de um progressivo com uma
pitada de Pop, o Kansas sempre foi e sempre será um dos melhores.
Eles mostram toda sua competência em faixas como a de abertura With
This Heart.
Layla
Zoe – “Breaking Free” – Essa canadense de cabelo cor de
fogo e voz rasgada manda muito bem nesse novo álbum. Com uma
superbanda por trás, ela imortaliza canções originais e covers
como Wild Horses, dos Stones.
Leonard
Cohen – “You Want It Darker” –
Nesse último álbum, esse poeta, compositor e cantor canadense deixa
a vida com muita dignidade e difícil de ser alcançado. Nada se
compara a seu estilo sussurado-poético-confessional e profundo no
Rock dos
dias de hoje.
Neil
Young & Promise of The Real – “Earth” –
O veterano Young se juntou a esses garotos californianos pra produzir
essa obra prima que é Earth, um dos álbums mais marcantes desse
ano. Não só pelas temáticas bem
atuais
e engajadas politicamente, mas também pela perfeita integração das
canções antigas do cantor com o material original, tudo tocado com
a garra que o bom e velho Rock’n Roll exige.
Nick
Cave & The Bad Seeds – “Skeleton Tree” – A dor da
perda de um filho pode fazer um cantor já um tanto triste chegar aos
limites do desespero. Com fiapos de arranjos eletrônicos, Nick
destila sua amargura publicamente como poucos ousam fazer.
Red
Hot Chili Peppers – “The Getaway” –
Finalmente o novo álbum dos queridinhos da América chegou e veio
com tudo. Não resta dúvida sobre quem é maior banda do Planeta. Em
absoluta perfeição e equilíbrio estilístico, eles fincam o pé no
Funk Rock, apostando no
pop e na
diversificação. Sensacional.
Rival
Sons – “Hollow Bones” – O quinto álbum desses
californianos é o mais arrasa quarteirão possível. Chegaram pra
marcar presença no panteão do novo Rock. Trilhando o caminho do
Hard Psicodélico, com muita garra, eles mostram canções
inspiradas. Baby Boy é um daqueles Hinos do Rock.
Steve
Vai – “Modern Primitive” – Discaço! Àqueles que não
curtem guitarristas do tipo virtuose, esse não é um simples caso.
Steve extrapola os limites de instrumentista, arranjando como nunca,
seguindo sempre os passos de seu mestre Frank Zappa, produzindo um
dos discos mais marcantes do ano. É mais que Rock’n Roll, é
música das altas esferas.
The
Chris Robinson Brotherhood – “Anyway You Love We Know How You
Feel” e “If You Lived Here You Would Home Now” – Pós
Black Crowes, Chris já havia dado vazão a seu projeto, a Irmandade.
Finalmente ele parece ter encontrado seu caminho, lançando não um,
mais dois excelentes álbuns, onde deixa a psicodelia de lado e faz
algo mais enxuto e objetivo.
The
Claypool Lennon Delirium – “Monolith of Phobos” – Duas
mentes roqueiras nada ortodoxas articularam essa pequena obra-prima,
de audição impregnada de imprevisibilidade, seguindo a trilha de
Syd Barret. Estranho e empolgante até o talo.
The
Temperance Movement – “White Bear” – Phil Campbell, o
vocalista escocês canta pra caramba nesse segundo e maravilhoso
álbum da banda Britânica. O grupo aparece como uma dos melhores do
Rock atual. Canções como a faixa título e Oh Lorraine são
clássicos indiscutíveis.
Wolfmother
– “Victorious” – As mães de lobo dão porrada na zoreia
do início ao fim. Esqueça que no vocal parece o Ozzy e aprecie esse
criativo grupo australiano que traz força e vida ao Hard Rock.